segunda-feira, 20 de novembro de 2017

Lumen Oculorum

Sempre dei nome ao amor
dizia eu que esse era o privilégio da vida
Mal sabia eu que derramaria sangue
caso fosse preciso pra adiar a sua partida

E nem que me fosse dado todo tempo do mundo
penso eu que nunca seria o bastante
Fosse quando meus olhos fitavam os seus
fosse quando minha boca tocava a sua, crepitante

Encontrar brilho nos olhos de alguém
nesses tempos se tornou raridade
Sorte a minha esbarrar em um sorriso tão fabuloso
E um cheiro que só me desperta saudade

Olhos esses que emanam a luz
que me levam para o que um dia chamei de lar,
Como um farol que me traga de volta pra casa
Fazendo em mim nascerem asas, ânsia de voar

Senti-me ainda um herói de lendas antigas
que assim alcançara os Campos Elísios
Não por glórias em batalha
mas por imaginar em ti meu Paraíso

Que o tempo não me seja injusto
e me dê logo a chance de reencontrar
Teu sorriso, tua pele, teu beijo
minha calma, minha paz, meu ar.

Cya.

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