sexta-feira, 11 de outubro de 2013

"Onde os valores apodrecem na miséria."

É cansativo ter 20 anos e ser já um velho chato, ranzinza e implicante com tudo e com todo mundo, não é fácil. E eu sinceramente não queria que isso acontecesse, ou que eu pudesse adiar ao máximo essa situação, mas eu insisto, não é fácil. Ainda mais porque a credibilidade de um cidadão com a minha pouca experiência - pelo menos na teoria - não é das mais altas pra ter tanta opinião formada e tanta crítica na ponta da língua. Mas eu já vi e vivi bastante coisa, já errei muito e já procurei acertar bem mais, pra me tornar quem eu me tornei hoje, um cara diferente de quando tinha 19, muito diferente de quando tinha 18 e, absurdamente outra pessoa desde que eu tinha 17, e assim sucessivamente. Tudo isso é resultado de aprendizado, com as minhas falhas ou as dos outros, isso não importa, o que vale mesmo é sugar violentamente tudo o que é bom de cada experiência, sendo ela boa ou ruim, sendo ela particular ou alheia. E é isso que vai fazer a diferença pra eu ser um cara melhor quando tiver 21, e se possível mais ainda com 22. Eu tive tempo de reparar as falhas de caráter, as infantilidades, os sentimentos triviais e as emoções fúteis... Tive tempo de me preparar pra ser a mudança que eu quero ver nas coisas, pra ser sempre o melhor que eu possa ser nesses anos que hão de me engolir.
Por mais cansativa e redundante que essa reflexão tenha sido, não é ainda o assunto principal. O que me entristece e me enche o coração de amargura é que eu gostaria muito que quando eu dissesse que ando no caminho contrário ao do mundo, eu estivesse fazendo a coisa errada. Hoje, com 20 anos, eu me tornei crítico, ranzinza, chato, implicante e um pé no saco porque eu cansei. Cansei de ver as pessoas atropelando valores e bons costumes, só conhecendo a ganância, o egoísmo, o egocentrismo, esquecendo do amor, da amizade, da compaixão, do altruísmo; cansei de ver as pessoas cada vez mais afundadas em álcool, drogas e assistir elas se perdendo cada vez mais; cansei de ver que cada dia o mundo dá um passo a mais em direção a sua ruína, sua destruição, entrando numa, eh, como posso dizer? "Era das máquinas", esse pode ser um termo apropriado. E não, eu não to falando sobre avanços tecnológicos e essa porcaria toda de modernidade... eu falo sobre pessoas se tornando objetos, se tornando alienados, sem bom senso, sem caráter, sem opinião, sem cérebro, e sem coração.

Sempre confuso, jamais sem sentido, que fique a dica aí. Cya.

quinta-feira, 10 de outubro de 2013

Profundo.

"Meu suicídio diário não é uma forma de morrer. É uma tentativa desesperada de encontrar essa vida, testar minha capacidade de quase ir e voltar, descobrir se eu mereço estar aqui e se existe mesmo um deus. Afinal, ele concorda ou não com a minha maneira de encarar as coisas? Por que não me castiga por ser tão estupidamente desapegada? É minha necessidade de viver que me mata." - Verônica H.

Cya.

quarta-feira, 9 de outubro de 2013

Só pra constar...

Eu me permito esses hiatos sem postagem alguma no blog, meus vários leitores me permitem esse luxo, é claro. E eu realmente queria que fosse uma simples falta de idéias, ou falta de inspiração, o que é impossível pra mim. Na minha cabeça só existem esses pensamentos de crítica (construtivas, é claro) ou essas reflexões baratas, cretinas, confusas - e admito, até clichês. O que me faz falta as vezes é a maneira certa de vomitar as palavras pelos dedos, e por mais ácida que essa expressão possa ser e parecer, é a mais verdadeira possível.

Cya.