quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

"O tempo às vezes é alheio à nossa vontade."

Sempre que anoitece, voce sabe que o sol vai nascer de novo. A fase ruim vai passar, é só aguentar o medo do escuro, e esperar pela luz. (:

quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

A Brusca Poesia da Mulher Amada.

"Longe dos pescadores os rios infindáveis vão morrendo de sede lentamente...
Eles foram vistos caminhando de noite para o amor - oh a mulher amada é como a fonte!
A mulher amada é como o pensamento do filósofo sofrendo
A mulher amada é como o lago dormindo no cerro perdido
Mas quem é essa misteriosa que é como um círio crepitando no peito?
Essa que tem olhos, lábios e dedos dentro da forma inexistente?

Pelo trigo a nascer nas campinas de sol a terra amorosa elevou a face pálida dos lírios
E os lavradores foram se mudando em príncipes de mãos finas e rostos transfigurados...

Oh, a mulher amada é como a onda sozinha correndo distante das praias
Pousada no fundo estará a estrela, e mais além."

Vinicius... É o melhor de todos, na minha ignorante opinião. É até bem clichê admirar os poemas dele mas, quem agrada tão bem os olhos, os ouvidos e/ou os corações?

"O Salto."

"A gente não tem como saber se vai dar certo. Talvez, lá adiante, haja uma mesa num restaurante, onde você mexerá o suco com o canudo, enquanto eu quebro uns palitos sobre o prato – pequenas atividades às quais nos dedicaremos com inútil afinco, adiando o momento de dizer o que deve ser dito. Talvez, lá adiante: mas entre o silêncio que pode estar nos esperando então e o presente – você acabou de sair da minha casa, seu cheiro ainda surge vez ou outra pelo quarto -, quem sabe não seremos felizes? Entre a concretude do beijo de cinco minutos atrás e a premonição do canudo girando no copo pode caber uma vida inteira. Ou duas.

Passos improvisados de tango e risadas no corredor do meu apartamento. Uma festa cheia de amigos queridos, celebrando alguma coisa que não saberemos direito o que é, mas que deve ser celebrada. Abraços, borrachudos, a primeira visão de seu nécessaire (para que tanto creme, meu Deus?!), respirações ofegantes, camarões, cafunés, banhos de mar – você me agarrando com as pernas e tapando o nariz, enquanto subimos e descemos com as ondas – mãos dadas no cinema, uma poltrona verde e gorda comprada num antiquário, um tatu bola na grama de um sítio, algumas cidades domesticadas sob nossos pés, postais pregados com tachinhas no mural da cozinha e garrafas vazias num canto da área de serviço. Então, numa manhã, enquanto leio o jornal, te verei escovando os dentes e andar ao mesmo tempo e saberei, com a estranha certeza que surge das pequenas descobertas, que eu sou feliz.

Talvez céus nublados e pancadas esparsas nos esperem mais adiante. Silêncios onde deveria haver palavras, palavras onde poderia haver carinho, batidas de frente, gritos até. Depois faremos as pazes. Ou não?

Tudo que sabemos agora é que eu te quero, você me quer e temos todo o tempo e o espaço diante de nossos narizes para fazermos disso o melhor que pudermos. Se tivéssemos cuidado e sorte – sobretudo, talvez, sorte – quem sabe, dê certo? Não é fácil. Tampouco impossível. E se existe essa centelha quase palpável, essa esperança intensa que chamamos de amor, então não há nada mais sensato a fazer do que soltarmos as mãos dos trapézios, perdermos a frágil segurança de nossas solidões e nos enlaçarmos em pleno ar. Talvez nos esborrachemos. Talvez saiamos voando. Não temos como saber se vai dar certo – o verdadeiro encontro só se dá ao tirarmos os pés do chão -, mas a vida não tem nenhum sentido se não for para dar o salto."


Não é de autoria minha, fato. Mas eu sempre guardei, sempre li, sempre confiei. Sem mais.

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Uma essência de um todo.

Tem gente que diz que o skate deveria fazer parte das olimpíadas. Deveria? Deveria mesmo?
Pra quem tá dentro, pra quem gosta, pra quem ama, pra quem vive a tábua de maple com rodinhas de silicone ou sei lá o que for, é até suspeito falar sobre o assunto. Será mesmo? Errado.
Posso usar o mais simples depoimento que eu conseguir de qualquer um dos meus amigos de rolês, ou qualquer companheiro de paixão pra provar que eu não to mentindo.
Se afinal a porra toda do significado dos Jogos Olímpicos é a confraternização e união entre as pessoas, por que não o esporte em que mais demonstram essas qualidades? Em qual esporte você vê tanta cooperação?
Em qual esporte você vê uma rivalidade quase nula? Em qual esporte você vê um adversário vibrando pelas vitórias do outro? Em qual esporte você vê um adversário parando pra ajudar o outro? Não há outro igual.
A conclusão é que, se eu tenho orgulho de uma coisa, é um dia ter aceitado o convite pra conhecer, pra fazer parte. Essa coisa de marginais e bandidos? Tem aos montes, tanto quanto nas grandes empresas. Mas foi dentro do skate que eu cresci, que eu vi amigos crescerem, que eu ampliei minha mente, que eu ganhei um parceiro, que eu ganhei uma paixão.

"Skate é meu esporte, meu meio de transporte, parte da minha história e cicatrizes dos meus cortes. Quem trabalha sério também conta com a sorte, o mundo é cheio de cobra mas eu sou cabeça forte."

Ande bem ou ande mal, mas ande de skate! Fica aí a dica...

...

Senti falta do blog. Ele não ficou esquecido aqui, foi só um período de escassez de criatividade (mais que o normal).
Assunto pra escrever nunca faltou, só faltou a forma como lidar com os pensamentos e vomitá-los em palavras e frases formadas.
Espero que essa fase tenha passado, e eu volte ao meu nível quase nulo de criatividade, o que já é um progresso.

Abraços fraternais ao nenhum leitor dessa bagaça aqui. (:

Season II.

2ª Temporada é o 'termo' que a gente tá usando pra definir essa nova fase. Uma fase cheia de ansiedade e expectativa, afinal é uma mudança significativa.
Pode ser o nosso primeiro passo pro sucesso tão esperado; o primeiro passo pra esse amadurecimento musical, pessoal e profissional; é o primeiro passo em que a gente já vai pular de cabeça.
O pacto tá feito, arrumamos mais um louco em fase de teste pra adentrar e a gente vê no final dessa zona o que vai virar, contudo que saia algo positivo.
A era Dementia (ou Azeviche) tá só pra começar...

cya!