domingo, 19 de setembro de 2021

Um lembrete.

Certa vez, Darcy Ribeiro disse que "(...) eu detestaria estar no lugar de quem me venceu". E hoje, no dia da comemoração dos 100 anos de Paulo Freire, me sinto derrotado como educador. Enquanto todos os outros cantos do mundo comemoram, lembram e celebram a memória do Patrono da Educação, os asseclas da barbárie, representados pelo energúmeno e suas crias, emergem de seus covis despejando vileza pelas terras sem dono das redes sociais contra aquele que eles sequer conhecem, mas que foram doutrinados a odiar. Esses, que abominam a leitura - não só do autor supracitado -, que demonizam a educação, que são alheios ao pensamento crítico, que simpatizam com a perseguição dos que detém o conhecimento. Esses, que são sombras vis, sem rosto e sem nome, que em breve voltarão ao covil de onde nunca deveriam ter saído, porque voltarão a degustar da ausência de ter quem os represente.
Que essa derrota marque a nossa memória e seja um lembrete diário do quão saborosa e bem vinda será a vitória. Não só minha, mas de todos os meus colegas que lutam - todo dia - por uma educação inclusiva, justa, clara, desafiadora, crítica e ambiciosa. Uma educação que derrubará todo e qualquer estandarte que defenda, pregue ou corrobore com qualquer discurso de ódio. Que será apreciada com vanglória, como a aurora que precede o amanhecer de um novo dia, com esperança e oportunidade pra todos. VIVA PAULO FREIRE!

Cya.

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