Ironicamente, ele se lembrava toda vez que os olhos felinos dela miravam os seus, toda vez que a risada gostosa e o seu jeito estabanado faziam ruir o chão sob os seus pés, toda vez que abria um sorriso fácil ou que ela corava ao pegá-lo admirando-a. O calor da sua pele macia e o cheiro entorpecente que seus cabelos emanavam toda vez que ela o abraçava, o seu jeito todo peculiar de deitar com os pés pra cima pra cantarolar alguma coisa. O jeito delicado que ela tinha de beijá-lo e escorregar os dedos pela sua nuca. O quão sexy era observa-la trocar de roupa ou encantá-lo com algum discurso de sabedoria.
Ela era um misto de detalhes e singularidades, de uma mente perspicaz e um rosto angelical, de um corpo fabuloso e um brio sem igual. Ela era perfeitamente imperfeita, era tudo que ele precisava, era tudo o que ele queria. Ela era a chama que o inflamava de dentro pra fora. Ela era o lembrete de que ser humano não é só sobre sofrer, sobre sentir dor. Também é sobre sentir amor, sentir desejo, ter a capacidade de sonhar que sempre há algo pelo que lutar. Ela era uma estrela brilhante que o tragava pro céu, ela era a firmeza que mantinha seus pés de volta ao chão. Ela era a luz dos olhos que iluminavam o caminho, era a cor que faltava no seu mundo cinza.
Ela o fez se lembrar que a vida não é sobre medo em si, mas a capacidade de viver apesar do medo - e achar graça nisso.
Cya.
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