O rock sempre foi sobre resistir.
Sempre foi sobre resiliência.
É sobre quebrar tudo, sobre perder a paciência.
É sobre não se entregar, sobre ir contra o sistema.
Quebrar as correntes e arrebentar a algema.
Não é sobre se render ou fazer parte de um dilema.
É ser mensageiro do caos, é ser o próprio problema.
Há os que digam que são do rock mas nunca foram e nunca serão, porque tudo aquilo que vai contra a liberdade não faz parte da nossa religião.
Essa é o anti-cristo, o ateu e o próprio o diabo, "WE'RE NOT GONNA TAKE IT", esse é o nosso único recado.
É andar fora da linha e ser sempre do contra, seja com o cabelo comprido ou o dedo do meio, do inimigo somos a afronta.
É sobre usar preto e ser cheio de cor, é sobre falar de ser você mesmo e sobre também falar de amor.
É sobre ser bem, é sobre ser mau.
É um estilo de vida, é preferir morrer por uma causa do que viver de forma banal.
É ser pedra e ser rocha, é ser a bomba, o pavio e a própria tocha.
É sobre levantar a bandeira e ouvir que isso é errado, é sobre ser o milagre e ao mesmo tempo o próprio pecado.
É sobre não aceitar o que nos é imposto, é sobre não aceitar pelo fim dos dias numa eterna espera, é saber ter atitude, sobreviver ao medo e avançar feito uma fera.
É o solo de guitarra que causa arrepio, é ter no peito a fagulha que transforma em um só todos os cem mil.
Nós somos do sonho o pesadelo e da mão que domina nós somos o algoz e o grito de independência.
O rock sempre foi sobre resistir.
Sempre foi sobre resiliência.
Cya.
segunda-feira, 26 de março de 2018
sábado, 24 de março de 2018
Desperdício.
"Nós arrancamos tanto de nós mesmo para nos curarmos mais depressa das coisas que ficamos esgotados perto dos 30 anos. E temos menos a oferecer toda vez que começamos algo com alguém novo. Mas se obrigar a ser insensível, assim como sentir nada... Que desperdício!" - Me chame pelo seu nome.
Cya.
Cya.
segunda-feira, 19 de março de 2018
O que foi prometido, ninguém prometeu.
Duncan acordou no meio da noite, como já era costume nos últimos meses. Marcas de suor pela cama, coração palpitando, respiração ofegante. Os sonhos com ela haviam retornado. Ela era uma lembrança que o assombrava, como um fantasma numa casa velha, que ainda se amarrava às antigas mágoas e memórias e recusava-se a deixar o lugar. Esticou-se para acender o abajur ao lado da cama, sentou-se para tentar recobrar um pouco a lucidez e acabou acendendo a tela do celular. Alguns alertas das redes sociais, sempre ativas. O relógio registrava 04:08 da manhã. Ao constatar que não conseguiria mais voltar para cama e dormir até ter que levantar para ir ao trabalho, partiu para a cozinha em busca do revigorante café, na confiança de que o mesmo conseguiria acordá-lo, poupando o despertador de fazer o trabalho sujo.
(...)
Aproximou-se da porta de vidro que separava o quarto da sacada e observou uma Nova Iorque mais acordada no que nunca, e ele se via diante de um cotidiano semelhante. O cansaço das horas acordado disputava espaço com o tormento das horas de seu sono atormentado. Ao buscar a maçaneta e trazê-la próxima de si, o vento gelado penetrou violentamente pela fresta, embora esse fora praticamente ignorado pelo rapaz que se concentrava no horizonte e focava no seu café. Sentou-se na cadeira e ergueu os pés em direção à grade, suspirando fundo e tomando mais um gole da bebida quente. Enquanto observava a escuridão da noite contrastando com as luzes dos prédios, refletiu sobre a conversa que tivera com Stephanie mais cedo. Embora as brigas fossem constantes quando estavam juntos, ela ainda fazia o típico papel de irmã mais velha que se preocupava com o bem-estar do caçula e o protegia mais do que uma coruja fazia com o filhote, assim como era quando crianças. Mesmo que hoje ele fosse um psicólogo e ela uma médica, o comportamento infantil nesse ponto era inevitável de ser despertado. Ela havia chegado de Washington mais cedo do que o esperado e acabou convidando-o para almoçar naquele dia. Entre os papos triviais ou clássicos, como a saúde de seus pais, a família do irmão e as corriqueiras fofocas profissionais que eles gostavam de trocar, ela acabou por perguntar a mesma coisa que todo mundo insistia em perguntar - e que ele já havia desistido de tentar se esquivar: "Como você está?". Não era uma simples pergunta, como sempre. Era sobre Gail. Depois de um olhar cerrado, ele resolveu se abrir:
- Sabe, Steph, já faz alguns meses e eu ainda sinto as mesmas coisas. - Disse ele. - Infelizmente, a intensidade das emoções e a frequência com que elas me acertam eu não posso controlar. Mas, por outro lado, ando tendo mais domínio de como reflito sobre elas. Eu, definitivamente, não a quero de volta, mas jamais deixei de amá-la. Isso sempre entra em conflito quando me sensibilizo por alguma lembrança de um filme, uma volta no parque, ou uma camiseta minha que ela gostava de usar pra dormir, enfim. Mas em todo esse tempo, qualquer coisa que eu faria pra ter ela de volta, ela poderia ter feito também. Eu morro de saudades, mas ela talvez não, quem sabe? Acabei concluindo que o dia 27 foi o dia em que ela resolveu ir embora, mas ela já não estava lá havia muito tempo. Tudo o que eu fiz e ela não soube retribuir. Tudo que eu sacrifiquei e ela não soube reconhecer. Toda vez que eu era solidão e não ganhei um abraço, toda vez que odiei e não ouvi ela falar sobre amor, todas as vezes que esqueci como era estar vivo e ela não me lembrou de quem eu era, toda vez que me machuquei e ela não me salvou da dor, toda vez que eu não fiz sentido e ela não se importou em tentar me entender. Eu estava sozinho há muito tempo, eu amei sozinho. E esse meu amor é coisa grande demais pra que eu o sustentasse só por minha conta, era preciso nós dois pra que ele fosse um só. Me crucifiquei por noites e noites achando que ela era o melhor de mim. Acabei por perceber que eu era a melhor parte dela e, que sem mim, ela era só mais uma, como qualquer outra... - Concluiu.
A caneca já estava vazia e o tempo correu enquanto se distraia com suas divagações. Os primeiros sinais da claridade do dia que se aproximava resolveram aparecer. Levantou-se da cadeira e entrou. Mais um dia foi vivido, menos um pra ser sofrido. Que comece o próximo.
A caneca já estava vazia e o tempo correu enquanto se distraia com suas divagações. Os primeiros sinais da claridade do dia que se aproximava resolveram aparecer. Levantou-se da cadeira e entrou. Mais um dia foi vivido, menos um pra ser sofrido. Que comece o próximo.
Cya.
terça-feira, 13 de março de 2018
This.
"Então, como psicólogo, acho que você está confundindo o suicídio com a autodestruição, e eles são muito diferentes. Quase nenhum de nós cometeu suicídio, enquanto quase todos nos autodestruímos. De alguma forma. Em alguma parte de nossas vidas. Nós bebemos, tomamos drogas ou desestabilizamos o trabalho feliz... Ou casamento feliz." - Aniquilação.
Cya.
Cya.
Amor, no more.
"Meu quarto ainda tem seu cheiro de vazio, eu entendo
Esvaziou o coração e, sem ter explicação, me arrancou de dentro." - Poesia Acústica.
Cya.
Esvaziou o coração e, sem ter explicação, me arrancou de dentro." - Poesia Acústica.
Cya.
quinta-feira, 8 de março de 2018
Numerologia do amor.
Começa em mim
como chama, me chama
que se acende e me ascende
Sem consentimento me inflama
Maior que um, inexplicável
que de tudo toma conta
nada mais tem sentido
Lança do peito e se desponta
Não só um, mas dois
um sentimento e quatro braços
Dois corações, duas bocas
e das somas une o corpo como laços
Se dum lado a corda se parte
o que resta pelo chão a se perder
seja a esperança ou a paciência
Dois são o necessário pra que esse um possa ser.
Cya.
como chama, me chama
que se acende e me ascende
Sem consentimento me inflama
Maior que um, inexplicável
que de tudo toma conta
nada mais tem sentido
Lança do peito e se desponta
Não só um, mas dois
um sentimento e quatro braços
Dois corações, duas bocas
e das somas une o corpo como laços
Se dum lado a corda se parte
o que resta pelo chão a se perder
seja a esperança ou a paciência
Dois são o necessário pra que esse um possa ser.
Cya.
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