- Vivi mais do que devia.
Em voz alta, as palavras soaram mais tolas do que parecera antes. Afastei a cadeira com as mãos, lancei o último olhar terno, firme, vazio, sem mais ver brilho algum. Só o das luzes, dos isqueiros e dos cigarros, dos faróis que refletiam nas vidraças, dos talheres prateados sobre as mesas. Em silêncio, atravessei o barulho.
- Fiz mais do que podia -, repeti num murmúrio. Ganhei a rua e caminhei.
Cya.
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