Todos os dias nós recebemos uma chance nova de fracassar nas justificativas prepotentes do porquê nossa vida é um completo lixo. Ora reciclável, ora radioativo, mas sempre um lixo. Lixo esse espalhado às toneladas pelas vielas sujas da existência, onde nós nos alimentamos de restos podres de amor, de sinceridade, de amizade, de empatia. Constantemente emaciados de qualquer positividade, um vácuo que nos enoja e sucumbe num esforço demasiado exagerado, como um vômito involuntário de frivolidades e coisas fúteis. Sem chance de reutilização. Não alguma que não seja vil ou abusiva.
Dentro desse fosso em que lutamos, sujos de lama e sangue, não nos permitem manter certezas nem podemos tomar decisões precipitadas. Jamais. O mundo e a vida são crueis e inescusáveis, não permitem que, por sequer um segundo, tomemos pra nós segundas chances ou falhemos, ainda que falhemos nos fracassos. Dito isso, passei vários desses dias - aqueles mesmo, ditos "não impactantes" -, construindo um castelo de cartas, onde cada valete ou dama fosse uma justificativa do porquê nada mais se justifica. A vida, a existência, o trabalho, o amor, a caridade. A paciência que possuo é inversamente proporcional à experiência que obtive e, por isso, me convenci de que nada mais vale. A vida não tem préstimo.
Concluo, diante de tanto dislate de ideias - dentro da premissa, a velha, do total abandono dos cabrestos acadêmicos e linguísticos -, que a fadiga e a apatia me tomaram por completo.
Cya.
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