"(...) Sophia não queria brigar, então o beijou. Um beijo no rosto. Denyel quis tomá-la nos braços, mas não a tomou. Depois de todos aqueles anos, ele entendeu que o amor dela acabara, que cada relação tem o seu tempo, que o passado não dá marcha a ré. Talvez fosse isso o que ela estivesse tentando dizer, mas simples palavras não eram o bastante. O exilado precisava experimentar tudo aquilo, como experimentara a morte de seus companheiros. Certos sentimentos pertencem ao coração, não à mente, estão lacrados à chave, escondidos em um canto obscuro do peito, aonde as vozes não chegam, onde os olhos não brilham, onde os lábios não tocam.
Nos relógios por toda a Alemanha, passava da meia-noite.
Sophia saltou para a rua.
Denyel ficou parado."
- Spohr, Eduardo. Filhos do Éden: Anjos da Morte: Livro 2 - pág. 546.
Cya.
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